terça-feira, 18 de agosto de 2020

SOLIDARIEDADE DE CLASSE

image Trabalhadores dos Correios estão em greve desde a zero hora desta terça-feira, 18, contra a retirada de direitos do Acordo Coletivo de Trabalho da categoria, pela ausência de negociação nesta data-base e pela negligência da empresa com os funcionários durante a pandemia de COVID-19.

A empresa excluiu 70 cláusulas do acordo coletivo, como: licença-maternidade de 180 dias, pagamento de adicional noturno, horas extras, indenização por morte, auxílio para filhos com necessidades especiais e o auxílio-creche. As informações são da FENTECT (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares).

NÃO À OCUPAÇÃO MILITAR NOS CORREIOS
O governo Bolsonaro loteou os ministérios, secretarias, subsecretarias, conselhos etc. de militares. Há centenas de militares a mais neste governo do que durante a Ditadura Militar. A direção da ECT (Empresa de Correios e Telegráfos) também está sob ocupação militar do general Floriano Peixoto Vieira Neto.

Há mais de 10 militares em cargos de comando na direção dos Correios e suas subsidiárias ganhando salários de R$ 30 a R$ 46 mil. Já o trabalhador dos Correios concursado e de carreira recebe R$ 1.700,00. É uma disparidade brutal a favor dos amigos do rei.

NÃO A VENDA LESA-PÁTRIA DOS CORREIOS

Os militares “liberais”, de “mercado”, “bolsonaristas” foram postos no comando dos Correios para preparar a venda lesa-pátria da empresa. As privatizações ocorridas no Brasil sempre foram uma farsa porque são financiadas com dinheiro público do BNDES. O nome correto é transferência de bem público, de dinheiro do povo para os ricos do Brasil e do mundo por meio da privatização lesa-pátria em si e do financiamento público para a venda do que é patrimônio nacional. É um crime contra o país!

Vejam a gravidade do crime lesa-pátria em se falar na privatização dos Correios e ainda por cima em plena pandemia. Os Correios são uma empresa pública de alta rentabilidade. Só em 2019, a ECT teve receita líquida de R$ 18,356 bilhões; lucro líquido de R$ 102,121 milhões.

Os Correios fecharam 2019 com 99.443 funcionários e 11.124 unidades de atendimento (6.071 agências próprias e 5.053 terceirizadas). Esta estrutura montada durante décadas garante – PRESTA ATENÇÃO – a entrega de todas as provas do ENEM em todo o país em dois dias. Os Correios podem entregar as vacinas para o COVID-19 para todas as unidades de saúde do país em cerca de 48h. Dá pra entender agora por que o mercado quer meter a mão nos Correios e a importância desta empresa?

Os resultados dos Correios poderiam ser ainda melhor, como de tantas outras empresas com participação de capital público, se os governos não sucateassem os serviços, cancelassem ou restringissem os concursos para a reposição de quadros, sabotassem as condições físicas de aprimoramento das atividades para criar a ideia de que a empresa pública não tem condições de oferecer serviços com qualidade e concorrer com o mercado. São governos neoliberais a serviço do mercado que sabotam as estatais ou empresas de economia mista.

O comércio eletrônico e o volume de encomendas estão bombando nesta pandemia. É neste filão super lucrativo que o mercado quer meter a mão. Os entreguistas contam com o liberalismo lesa-pátria de Paulo Guedes para isso.

Por isso, é preciso defender o fim do governo Bolsonaro, das intervenções militares na saúde, educação, nos Correios e o fim desta política criminosa contra o povo brasileiro a serviço do mercado privado, que quer meter as mãos nos recursos públicos do país para vender aos brasileiros o que já nos pertence.

TODO APOIO À GREVE DOS TRABALHADORES DOS CORREIOS E NÃO À VENDA LESA-PÁTRIA DOS CORREIOS!

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