São José mantém cotas para comissionados
O governo de São José dos Campos faz jus ao ditado “por fora bela viola, por dentro pão bolorento”. Como em todo o país, a administração da cidade favorece os “amigos do rei” em prol de políticas públicas de inclusão.
Os aliados da prefeitura e da Câmara Municipal conseguem isenção fiscal, perdão de dívidas com o município, empregos como comissionados ou conselheiros em alguma autarquia da cidade.
Hoje, há vários secretários e apadrinhados políticos enchendo o bolso com o dinheiro público recebendo R$ 3 mil aqui, R$ 3 mil lá, fora os próprios salários, para ocupar cargos de indicação política nas secretarias ou autarquias. É uma vida fácil para os amigos do rei.
Os vereadores não cumprem a função constitucional da Câmara de fiscalizar o Executivo para garantirem um orçamento milionário e torrar à vontade. É um grande negócio se calar em São José.
Já os servidores públicos são preteridos por incompetentes postos na direção da cidade pelo velho tráfico de influência. Com o novo plano de carreira, correm o risco de serem avaliados por esses privilegiados que não concorreram a uma vaga no poder público como os servidores.
Que fique claro: cargo comissionado não é servidor público! Serve ao governo, não ao povo! Para ser servidor público, é preciso prestar concurso, concorrer como todo mundo e aí sim entrar na administração pública pela porta da frente. Arrumar uma boquinha para controlar setores da prefeitura é imoral, uma afronta aos servidores e ao povo, que paga por esse sistema de privilégios e distorções.
É do interesse da prefeitura manter essa distorção imoral. Por isso, não há concursos. Os servidores sofrem com essa politicagem barata e imoral do serviço público e o povo arca com o prejuízo e, muitas vezes, sem nem ter noção de que está pagando esse “sistema de cotas para comissionados amigos do rei” no governo municipal.