terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

greve_pm-bahia-2012-2Basta de Repressão! Lutar por melhores salários e condições de trabalho não é crime!

O ano de 2012 iniciou com um processo importante de reivindicação de policiais militares e bombeiros em diversos estados como no Rio de Janeiro, Ceará, Maranhão, Pará, Espírito Santo e, nesse momento, em especial a Bahia.

As reivindicações são as mínimas como maiores salários e condições de trabalho, seguindo o exemplo de todos os servidores públicos que precisam fazer greve para serem atendidos. Os militares, em especial os praças, ou não oficiais, padecem dos mesmos problemas da maioria dos trabalhadores. A eles também lhes falta segurança, moram em locais com pouca estrutura, por vezes suas casas vão para debaixo d água com as chuvas de início do ano e seus filhos estudam também nas escolas públicas que vem sendo sucateadas pelos governos.

Uma das principais medidas que ajudaria a resolução dos trabalhadores da segurança pública é a aprovação da PEC 300, garantindo salários dignos aos trabalhadores. No entanto, o Governo Federal e sua base aliada atuam para impedir a sua aprovação. Diante do achatamento salarial a única alternativa é a greve.

Hoje o ponto mais alto das mobilizações dos militares é a Bahia. Neste estado, o governo de Jaques Wagner do PT nega entre outras reivindicações inclusive a anistia de todos os manifestantes e já prendeu uma das principais lideranças, o soldado dirigente da Associação dos policiais e bombeiros e de seus familiares – ASPRA, acusado de formação de quadrilha e roubo de Patrimônio Público. Há mais 12 ordens de prisão.

Após a assembleia realizada na sede do sindicato dos Bancários, os militares decidiram ocupar o prédio da Assembleia Legislativa da Bahia. Segundo a imprensa 600 homens do exército e 40 agentes do Comando de Operações Táticas (COT) cercam o prédio da AL. O Governo Dilma também já disponibilizou, a pedido do governador, cerca de 650 agentes da Força Nacional para intimidar os grevistas e parte deles também já cercam a Assembleia Legislativa.

O diálogo que o governador da Bahia propõe é a base de bala de borracha e inclusive munição comum foi encontrada após os confrontos.

O impasse é culpa da intransigência do governo estadual e também responsabilidade da presidenta Dilma, que acaba de anunciar o corte de R$ 60 bilhões no orçamento de 2012, estrangulando ainda mais os orçamentos dos Estados e Municípios.

Os que decidem enfrentar o assédio dos altos comandos militares, já mereciam, por si só todo nosso apoio. No entanto, está em curso uma gigantesca operação do governo federal e dos governos estaduais para isolar, criminalizar e impedir o triunfo das greves dos militares.

O anúncio de que o exército irá desocupar o prédio da Assembleia Legislativa da Bahia, representará um banho de sangue, que terá dois responsáveis, Jaques Wagner e Dilma. Chamamos a todos os sindicatos, associações e centrais sindicais a se solidarizar com essa justa luta.

Prestamos aqui nosso apoio incondicional com a greve dos militares da Bahia. Nesse momento enviaremos uma brigada de apoio à Bahia com sindicalista da Unidos Pra Lutar dos sindicatos de Químicos de SJC/SP, de servidores da Universidade Federal Fluminense SINTUFF-RJ e Rodoviários do Pará, para fortalecer o triunfo desta mobilização.

Pela imediata abertura de negociação, atendimento da pauta dos grevistas militares e pela anistia de todos os manifestantes.

Basta de Repressão! Lutar por melhores salários e condições de trabalho não é crime!

Assinam:
1. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE SINDICATOS INDEPENDENTES UNIDOS PRA LUTAR
2. COMANDO DE MOBILIZAÇÃO EM DEFESA DOS DIREITOS DOS MILITARES DO PARÁ


div

Notícias anteriores