O dia 28 de fevereiro é uma data de luta contra a LER (Lesão por Esforço Repetitivo) – DORT (Distúrbios Ósseos Musculares). Milhares de trabalhadores e trabalhadoras no mundo são vítimas dessas doenças. Muitos acabam vítimas das péssimas condições de trabalho, que fere, adoenta e mutila.
Os patrões têm culpa nisso. O governo, por meio do INSS, tem a sua responsabilidade. É comum ver trabalhadores sem condições para o trabalho serem obrigados a exercer as suas funções por horas a fio. O patrão, muitas vezes, simplesmente ignora a necessidade de readaptar o trabalhador a outro posto. Já o INSS faz vista grossa e cancela ou se recusa a conceder o auxílio-doença. Afinal, a política do governo é ferrar o trabalhador para desviar o dinheiro do INSS para o superávit primário (dinheiro que o governo tira do povo e manda para banqueiros nacionais e internacionais).
A saúde do trabalhador está cada vez mais de escanteio. Hoje, o governo que deveria zelar pela integridade física do trabalhador, circula com muita intimidade entre o empresariado e industriários de todo o país. As centrais sindicais governistas fazem vista grossa e fingem que não vêem essa relação, que é danosa para o trabalhador.
Isso sem contar no crescente assédio moral, que cada vez mais afeta a saúde mental do trabalhador. Muitos trabalhadores chegam a se desligar do posto de trabalho por causa do assédio moral. Até suicídios ocorrem em função da perda da saúde mental. Na China, por exemplo, isso ocorre aos montes. E tudo isso porque o trabalho está atacando a saúde, está afetando tanto a integridade física quanto mental do trabalhador.
Por isso, nós temos que lutar, denunciar e gritar aos quatro cantos que nós queremos trabalhar, mas não adoecer! Temos que exigir do governo o reconhecimento das LER/DORT como doença ocupacional e o direito ao B91.
