Luta por direitos reúne milhares de trabalhadores em ato público em São Paulo
Trabalhadores de várias categorias de São Paulo e cidades vizinhas se reuniram, ontem, quarta-feira, para o tradicional 1º de Maio Classista, na Praça da Sé, em São Paulo. O Sindicato dos Químicos e Farmacêuticos de São José dos Campos e região esteve presente. O ato foi um contraponto às festas realizadas pelas centrais sindicais pelegas patrocinadas pelos patrões. Shows de sertanejos, sorteio de brindes pagos pelos patrões e outras táticas de “pão e circo” são as armas dos pelegos para fazer o jogo do capital. Agora nós sabemos que 1º de Maio não é o Dia do Trabalho e muito menos dia de festa. 1º de maio é o DIA DO TRABALHADOR, é dia de luta por nossos direitos trabalhistas e previdenciários atacados pelos governos e patrões!
A manifestação na Praça da Sé cobrou do governo investimento nos serviços básicos para a população. Os companheiros do movimento popular apontaram: “nós queremos Copa, mas também queremos sala e cozinha”, referindo-se aos programas habitacionais anunciados pelo país afora, como para o povo do Pinheirinho, que até hoje não saíram do papel.
As diversas categorias profissionais presentes denunciaram os ataques dos patrões à legislação trabalhista justamente quando a CLT, conjunto mínimo de direitos dos trabalhadores, completa 70 anos. Os patrões querem atacar a CLT para explorar e lucrar mais. Essa é a intenção do ACE (Acordo Coletivo Especial) que está nas mãos da bancada dos patrões no Congresso. Isso nós não podemos aceitar!
No 1º de Maio Classista, o setor de trabalhadores da educação estadual de São Paulo, que estão em greve, denunciaram a destruição do ensino público pelo governador Geraldo Alckmin do PSDB. E o sucatemento da educação passa por todos os governos pelogos. Tanto é que os professores da rede municipal de São Paulo também devem sair em greve a partir de amanhã, 3, porque não há diálogo e muito menos interesse da prefeitura do PT em investir na educação e valorizar o professor.
Outro ponto importante do ato foi a distribuição de abaixo-assinado pedindo a anulação da reforma da Previdência de 2003. Se o governo Lula aprovou a retirada de direitos previdenciários comprando votos, nós temos que exigir a anulação desta fraude e recuperar os direitos dos trabalhadores! Sem contar que todas as ações do Congresso mensaleiro deveriam ser anuladas e tanto os corruptos quanto os corrompidos serem presos. Parlamentar que, além de pelego, vende voto é tão criminoso quanto qualquer outra quadrilha!