Campanha Salarial 2016 – MONSANTO, FLC e IPA - ESTADO DE GREVE!
O Sindicato realizou assembleia com os trabalhadores da FLC e IPA, em Caçapava, e na Monsanto, em São José dos Campos, na madrugada desta terça-feira, 8. A categoria já havia rejeitado em assembleia geral no Sindicato, quinta-feira, 3, a proposta da FIESP de parcelar o reajuste do INPC em 70% agora e o restante para junho e aprovado estado de greve.
As assembleias fábrica a fábrica estão ratificando a decisão. Não vamos aceitar o parcelamento do índice equivalente ao INPC, que ainda não está fechado, mas deve girar em torno de 9%. Ainda queremos discutir os benefícios por empresa. O setor químico pode mais do que oferece a FIESP. Os trabalhadores sabem disso pelo ritmo de produção.
Com o Estado de Greve aprovado, nós podemos deflagrar greve a qualquer momento, caso a patronal se negue a negociar e reconhecer os direitos dos trabalhadores da categoria.
Assim, nenhum direito a menos! E sexta-feira, 11, será Dia Nacional de Paralisação contra a PEC 241 (agora no Senado, PEC 55), as reformas trabalhista, previdenciária e do ensino médio. A classe trabalhadora está em luta contra os ajustes fiscais e os ataques do corrupto governo Temer e da patronal!
Governo Temer: combater e derrotar
O corrupto presidente Michel Temer (PMDB) anunciou várias vezes que não tem pretensões eleitorais para a presidência, em 2018. Ele fará o serviço sujo para o PSDB e o PMDB, ou qualquer outro partido burguês, disputarem a presidência sob terra arrasada.
Já os ministros do Supremo Tribunal Federal negaram por 7 votos a 4 o direito a desaposentaçãoe ainda tiveram a desfaçatez de dizer que o valor e regras de acesso ao benefício podem ser rediscutidos no Congresso. Justamente este Congresso mais reacionário, neoliberal e corrupto da história. A decisão parece mais uma retribuição ao governo Temer pelo aumento de 41% concedido ao judiciário, entre outras “generosidades”.
O STF, por meio do ministro Gilmar Mendes suspendeu a Súmula 277, o que prejudica os trabalhadores porque a Convenção Coletiva anterior não valerá até o julgamento final pela justiça do trabalho de impasses trabalhistas. O balcão de negócios foi transferido do Congresso Nacional para os fóruns judiciais. Até pagamento de indenização de férias para juízes, o que é ilegal, foi concedido. E a brincadeira irá custar R$ 23,5 milhões aos cofres públicos.
O descaramento e a hipocrisia também são verificados quando empresas processadas por crimes tributários, ambientais e trabalhistas financiam Encontros e Congressos de juízes em resorts luxuosos (diária R$ 605,00) com direito a show de Ivete Sangalo, como ocorreu de 3 a 5 de novembro, em Porto Seguro.
O financiamento de campanhas eleitorais por empresas foi abolido nestas últimas eleições por ser imoral, mas parece que continua em prática para o judiciário. É mais uma afronta ao povo trabalhador! A austeridade, o arrocho salarial e miséria, o governo Temer só aplica contra o povo pobre e trabalhador.
Portanto, só a mobilização dos trabalhadores nas ruas, portas de fábricas, atos públicos, passeatas, ocupação de escolas pode barrar os ataques aos direitos dos trabalhadores e da juventude. Unificar as lutas rumo à greve geral é uma necessidade para derrotar as medidas que retiram direitos.
Vamos juntos derrubar estes ataques:
PEC 241 – congelamento dos investimentos em serviços públicos por 20 anos, ignorando o crescimento populacional e fragilizando a estrutura social do país;
PLP 257 – estagnação de salário e desligamento de servidores públicos, piorando a qualidade da prestação de serviços públicos. É a lógica neoliberal destruindo o tímido projeto de bem-estar social;
Liberação da terceirização, redução de direitos trabalhistas (exigência da patronal) junto com o aumento das isenções fiscais e anistia de grandes devedores;
Reformas trabalhistas – redução de direitos da CLT, fim da multa de 40% sobre o FGTS nas demissões, enfraquecimento da justiça do Trabalho. Tudo a pedido da patronal!
Reforma da Previdência – aumento da idade mínima para a aposentadoria aos 65 anos, mais restrição à aposentadoria especial para professores, trabalhadores rurais e outras categorias, paridade da aposentadoria entre homens e mulheres;
Reforma do ensino médio – série de medidas que fecham escolas e postos de trabalho, alteram o currículo escolar retirando matérias como filosofia, sociologia, artes e educação física, desvaloriza o professor por formação, impõe ditadura ideológica neoliberal na grade, destrói a necessidade de aprendizado individual;
Política externa de mais alinhamento aos interesses dos EUA no Brasil e na economia mundial. Não à toa, o tucano José Serra, aquele que prometeu alterar a lei do petróleo para favorecer a Shell, é o ministro do exterior.