Campanha Salarial 2016: Químicos avançam na luta fábrica a fábrica
A Campanha Salarial dos trabalhadores químicos deste ano foi e está sendo a mais difícil dos últimos tempos. A crise econômica provocada pela patronal e pelos governos estourou nas mãos dos trabalhadores. Contudo, não podemos aceitar pagar o pato da FIESP. As negociações fábrica a fábrica avançaram muito com relação à negociação com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, que queria retirar a PLR mínima do Acordo.
Nós conseguimos manter este ponto, o que é extremamente importante para os trabalhadores de pequenas empresas. Conseguimos reajuste salarial para o piso normativo, reajuste equivalente ao INPC (8,50%) acumulado do período, sendo 70% para novembro e o complemento para junho.
Luta por fábricas
Na luta específica, avançamos para conseguir a reposição imediata da inflação em várias fábricas, como: Monsanto, Basf, Plastic Omnnium, além de pontos específicos, como: aumento da PLR, auxílio-alimentação e outras conquistas. Houve greves na Monsanto, Tarkett, em Jacareí, e na IPA, em Caçapava. Conquistamos aumento real na TI Brasil, em São José, com índice de 11%; de 10% no salário-base e no piso da Amaplastic e avanços em outras empresas.
As negociações ainda estão ocorrendo em muitas empresas.
Johnson
A negociação com esta multinacional é sempre muito dura. A Johnson tem um representante direto na mesa de negociação com a FIESP e faz muita pressão sobre as empresa da região.
Por isso, nós fomos várias vezes mobilizar os trabalhadores em assembleias e pressionamos por uma negociação. Há muitos anos, a multinacional tenta avançar sobre as horas extras de 85% e 130%, sobre a jornada semanal de 35h e pressionar para o banco de horas. Mas aqui não. Nós não abrimos mão dos direitos conquistados com muita luta pelos trabalhadores e trabalhadoras da empresa ao longo dos anos.
A empresa pressionou e ameaçou não conceder dias de recesso, como sempre fora acordado em outros anos. Mas nós não abrimos mão e conseguimos manter os valores das horas extras, a jornada de 35h, rejeitamos o banco de horas mais uma vez. Os trabalhadores ainda conquistaram dois dias de concessão no recesso de fim de ano. Parabéns aos trabalhadores!