A privatização da Petrobras é reprovada por 70% do povo brasileiro. A informação é de pesquisa do Datafolha. Contudo, o governo e o mercado querem criar uma opinião pública favorável para a entrega da Petrobras para as petroleiras estrangeiras. Para isso, criaram o Fake News do endividamento da Petrobras e de que não é possível o Estado administrar a empresa. Usam os ajustes contábeis que não afetam o caixa da empresa para desvalorizar os ativos da companhia, que são tão rentáveis que são comprados rapidamente pelas petroleiras estrangeiras. A Petrobras é 3 vezes mais rentável que as grandes petroleiras americanas Chevron e Exxon. Tanto a Chevron quanto a Exxon estão pegando empréstimos para pagar dividendos. Por isso, os ativos da Petrobras, incluindo a participação da empresa no pré-sal, são a tábua de salvação destas petroleiras estrangeiras.
A Petrobras é uma empresa de petróleo do poço ao posto. Ela extrai, refina e distribui o combustível. Só que a privatização do Sistema Petrobras pelo governo e também os leilões dos campos de petróleo e gás, incluindo o pré-sal, estão diminuindo a empresa e abrindo o Brasil para a exploração estrangeira de empresas privadas e estatais, como: Shell, Texaco, Total, Statoil, que já operam no Brasil.
Qual a estratégia por trás da privatização da Petrobrás?
A opção política antinacionalista do governo pretende transformar o país em apenas produtor e exportador de petróleo bruto, abrindo mão do refino e distribuição de derivados de petróleo e gás. Vamos apenas fornecer matéria prima para o mundo e consumir produtos com valor agregado, neste caso, derivados de petróleo. A privatização da Petrobras encarece o custo dos combustíveis e acaba com a obrigatoriedade de conteúdo local mínimo. O Brasil deixa de produzir os equipamentos usados na indústria de petróleo e gás, desemprega milhões de trabalhadores no país e garante empregos na cadeia de petróleo e gás no exterior.
Todas as grandes petroleiras do mundo mantêm operações integradas do poço ao posto para suportar a oscilação do mercado. Assim, quando a empresa não pode lucrar com o óleo, lucra com o refino ou o transporte. Desde o início dessa política privatista, a direção da empresa já entregou poços de petróleo, plataformas, termelétricas e gasodutos a preços abaixo do valor de mercado para multinacionais estrangeiras e causou a demissão de 3 milhões de trabalhadores nas indústrias da cadeia do petróleo. A Petrobras está vendendo ativos que rendem mais de 20% ao ano (NTS, Liquigás, Gaspetro) a toque de caixa, sem licitação e a preço de banana. Agora, a mira está apontada para as refinarias de petróleo e para as fábricas de fertilizantes.
A privatização da Petrobras atinge em cheio a possibilidade de o país ser autossuficiente em refino de combustíveis e a capacidade de o Brasil ter controle sobre seus preços. Com a produção de gasolina, diesel e gás de cozinha nas mãos de empresas estrangeiras, o preço desses produtos pode ser reajustado conforme interesses internacionais.
Para a Redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis, nós precisamos:
• Retomar a produção das refinarias a plena carga;
• Fim das importações de derivados de petróleo;
• Garantir os empregos de toda a cadeia nacional de petróleo e gás;
• Derrotar as privatizações e o desmonte do Sistema Petrobras.