quinta-feira, 8 de julho de 2021

Punição aos torturadores e ditadores

É preciso passar a Ditadura a limpo. Deixar os torturadores e criminosos deste período livres é um tapa na cara na sociedade civil e negar a luta pela redemocratização do país. Além de que, a extrema direita, chucra, lunática e psicótica chega ao absurdo de usar torturadores execráveis como símbolo em seu discurso de ódio.

Assim, é positivo a condenação do delegado Carlos Alberto Augusto, ex-agente da ditadura militar conhecido como 'Carlinhos Metralha', que operava no Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops/SP). A condenação é de dois anos e 11 meses de prisão, em regime inicial semi-aberto, pelo sequestro do ex-fuzileiro naval Edgar de Aquino Duarte, desaparecido desde 1971.

A condenação pelo juiz Silvio César Arouk Gemaque, da 9ª Vara Criminal Federal de São Paulo, é apenas a primeira condenação penal em relação a crimes cometidos durante o regime de exceção marcado por torturas, censura e assassinatos.

A denúncia contra Carlinhos Metralha envolvia também o ex-delegado Alcides Singillo e um dos principais torturadores da ditadura, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, sadicamente ídolo do presidente Bolsonaro, inimigo da democracia desde sempre. Os dois se livraram de figurar como réus porque morreram antes do término do processo.

Esta sentença é um marco no cumprimento das decisões internacionais que obrigam o Brasil a investigar e punir quem tenha atuado no extermínio de militantes políticos entre 1964 e 1985.

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