terça-feira, 24 de janeiro de 2012

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pinheirinho-alojamento-igreja-g-20120123Milhares de desabrigados, trabalhadores baleados, bairros sitiados, 50 mil sem transporte na região sul: essa é a política pública do prefeito Eduardo Cury e do PSDB para os pobres!

A perseguição aos trabalhadores pobres do Pinheirinho está longe de acabar. Como se não bastasse eles terem sido expulsos a força do local, mesmo o governo federal estar negociando uma solução para o problema, agora eles são humilhados e perseguidos.

A retirada das famílias ainda está longe do fim, mas o prefeito e a PM dizem que já acabou para tentar encerrar o assunto e dizer para o povo que o pior do massacre já passou. Cerca de 1.500 pessoas retiradas do local estão em escolas e quadras esportivas da cidade. Outros cerca de 500 estão na igreja do Campo dos Alemães/Jardim Colonial. Ainda faltam aparecer alguns milhares das sete mil pessoas que moravam no local.

Integrantes de algumas famílias que já foram retiradas do Pinheirinho não estão sendo encontrados. A suspeita é de que tenham sido detidos ou até mesmo mortos pela PM, que ainda proíbe o acesso da imprensa, da defensoria pública, da OAB, de parlamentares ou de qualquer outra representação da sociedade no local. O que estão querendo esconder vai ser revelado somente após a invasão militar na zona sul da cidade. O bairro Campos dos Alemães foi sitiado, os ônibus foram proibidos de circular em toda a região. Mais de 50 mil pessoas estão sem transporte público.

O prefeito sabia que os trabalhadores pobres da ocupação não tinham para onde ir e mesmo assim não preparou uma estrutura para a retirada das pessoas. O que existe é uma farsa pra enganar a opinião pública. O centro de triagem é um local barrento que discrimina os trabalhadores. E até mesmo lá a imprensa e as instituições estão proibidas de entrar.

A acomodação de centenas de famílias na quadras da prefeitura é outra ofensa à dignidade humana. Ontem, faltou até água para beber. Não há como tomar banho. Os banheiros estão imundos. Os moradores se ofereceram para limpar, mas a prefeitura nega materiais de limpeza.

240112_policialpinhO prefeito e o governo estadual do PSDB ficaram uma zona de guerra ao tratar a falta de moradias e casas populares como caso de polícia. A barbárie virou notícia em todo o mundo. São José ficou famosa internacionalmente pela violação aos direitos humanos e o massacre armado de trabalhadores pobres.

As pessoas que procuraram abrigo na igreja do Campo dos Alemães estão sendo tratadas ainda com mais desprezo pela prefeitura. Eles foram para o local porque o centro de triagem e as quadras não tinham condições de recebê-los. O prefeito se sentiu afrontado por essas pessoas denunciaram o caos em que estão e impediu que eles recebam o até o simples colchãzinho e prato de comida. Cerca de 500 pessoas estão dormindo direto no chão e contando unicamente com a ajuda de doações dos moradores dos bairros vizinhos, como: Ema e Colonial. Há muitas crianças e idosos no local. Eles estão precisando de toda a ajuda que puderem receber: roupas limpas, fraldas, comida, água. O prefeito Eduardo Cury negou até a mínima condição de sobrevivência humana a essas pessoas. Já os outros que estão nas quadras e os que ainda estão no Pinheirinho não se sabe como ficarão.

Algumas famílias já circulam com seus poucos pertences pelos bairros da região em busca de um cômodo para alugar. Ocorre que a explosão imobiliária em São José dos Campos exclui ainda mais esses trabalhadores. Um aluguel na faixa de R$ 400 não é encontrado em imobiliária nenhuma. Esse é o resultado da especulação imobiliária na cidade em que as construtoras estão deitando e rolando. Praticamente não há mais terrenos também para serem vendidos. Os poucos que ainda existem estão cotados na faixa de R$ 50 mil, isso um terreninho de 125m.

É nesse cenário em que se encontra a desocupação violenta do Pinheirinho. Milhares de famílias jogadas na rua em função dos interesses imobiliários na área largada há décadas por uma empresa falida também há décadas. O caos provocado por essa desocupação vai durar semanas. Famílias serão aos poucos expulsas dos locais onde estão e cada vez mais veremos as famílias do Pinheirinho ocupando praças e ruas em busca de um teto. Essa é a política da prefeitura do PSDB para os trabalhadores pobres de São José dos Campos.

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Fonte da foto: http://www.diarioliberdade.org/index.php?option=com_content&view=article&id=23717:reintegracao-de-posse-no-pinheirinho-lei-para-quem&catid=63:repressom-e-direitos-humanos&Itemid=78

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