A organização no local de trabalho - As barbaridades da Johnson
As novas formas de administração e exploração que a Johnson trouxe da matriz está sucateando as relações de trabalho na
companhia. A avaliação de desempenho agora na Johnson funciona assim: quem eles consideram que está acima da faixa salarial da companhia não recebe mais a chamada “meritocracia”. Isso deixa claro que: ou o trabalhador aceita ou será o próximo a ser demitido.
É por essas e outras que nós combatemos esse método de avaliação por “meritocracia”, pois isso é uma enganação. Não existe mérito quando a avaliação é dada pela chefia conforme eles bem entendem.
Com relação à exposição ocupacional e a saúde do trabalhador, cresceu consideradamente o número de trabalhadores que apresentaram problemas de audição nos últimos exames periódicos. O Sr. Denis (técnico de segurança) teve a cara de pau um dia desses de insinuar para um trabalhador que o problema dele era hereditário. Desde quando técnico de segurança tem conhecimento sobre medicina do trabalho, danos da exposição ocupacional e ainda sobre a herança hereditária do trabalhador?
Sem contar que as medições são feitas onde existem menos ruídos para depois alegarem que tudo está dentro do permitido. A prova do crescente índice de afetados é que muitos trabalhadores estão sendo chamados para refazer seus exames e também encaminhados para outros médicos externos. Alguns apresentaram problemas considerados irreversíveis.
Para negar o dano à saúde do trabalhador, a empresa se nega a abrir CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho). O mais grave ainda é quem, em 2006, vários dos trabalhadores que apresentaram problema de audição foram comunicados pela medicina do trabalho que estariam sendo incluídos no quadro de deficientes físicos para totalizar a quota de 5%, como determinado pela lei de 1999.
Outro problema é com relação à preservação da saúde. Nós temos denúncias de que trabalhadores próprios e terceirizados
que teriam que exercer trabalho compatível estariam sendo ignorados pelos técnicos de segurança sob pressão da chefia, que não se interessa nem um pouco pelo bem-estar dos companheiros de trabalho. Nós vendemos a nossa força de trabalho para a empresa, não a nossa saúde e muito menos a nossa vida!
Enquanto o trabalhador é sugado, tem chefe com tempo para navegar na internet e até em redes sociais. E isso depois de
chuparem as ideias dos trabalhadores e implantarem como sendo suas.
O fato, companheiros e companheiras, é que a exploração não tem limites. E só com muita luta, união e mobilizações nós vamos conseguir derrotar ataque por ataque das empresas e dos governos (que fazem as leis favoráveis às empresas).