Edital de Convocação de Assembleia Geral Extraordinária

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Plásticas e Farmacêuticas de São José dos Campos e Região, entidade sindical de primeiro grau, CNPJ 53.322.442/0001-10, por seus representantes legais, convoca todos os trabalhadores das indústrias químicas, plásticas e farmacêuticas das cidades de São José dos Campos, Jacareí, Santa Branca, Caçapava, Taubaté, Tremembé, Jambeiro, Paraibuna, Caraguatatuba, Ubatuba, São Sebastião e Ilhabela, a comparecerem na Assembleia Geral Extraordinária que será realizada no dia 27 de agosto de 2013, no salão de assembleias do Sindicato situado à Praça Maldonado Campoy, nº 23– Jardim Santa Luzia - São José dos Campos / SP, em primeira chamada às 18H00 e, em segunda chamada às 18H30, para a seguinte ordem do dia: 01)Discussão e deliberação sobre pauta de reivindicação para Campanha Salarial.

São José dos Campos/SP, 21 de agosto de 2013.

Claudinei Lunardelli
Luiz Eduardo Sanches

Representantes Legais do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Plásticas e Farmacêuticas de São José dos Campos e Região.

Johnson ataca organização sindical dos trabalhadores
Empresa, junto com toda a patronal, quer empurrar terceirização em toda a produção

A Johnson está tentando aproveitar a conjuntura nacional de ataques aos direitos trabalhistas para pressionar os trabalhadores e enfraquecer a nossa organização sindical. A multinacional tenta jogar os trabalhadores contra o Sindicato.

Só que a empresa sabe que nós temos vários direitos, como a nossa jornada de trabalho de 35h semanais adquiridas com muita mobilização, que agora ela tenta minar.

O problema é que os patrões querem terceirizar a produção de qualquer jeito. Eles querem que todos nós sejamos terceirizados. É por isso que eles estão mexendo os pauzinhos lá no Congresso com o PL 4330, que provavelmente será votado em 3 de setembro.

É por isso que a empresa aumenta a pressão neste momento. Ela sabe que se os trabalhadores estiverem mobilizados este projeto de lei não passa. A greve de 24h em 11 de julho como parte da luta da classe trabalhadora contra a redução de direitos trabalhistas ainda está entalada na garganta dos patrões. Por isso, eles partiram para o ataque direto.

A Johnson agora quer limitar o tempo da assembleia que não discute assunto específico da empresa em 30 minutos. As assembleias específicas sobre negociações com a multinacional continuariam sem tempo determinado. Isso é um ataque ao direito de livre organização sindical dos trabalhadores.

O pior é alguns pelegos históricos, que também são explorados, aproveitarem a situação para puxar ainda mais o saco da empresa se portando como capacho.

RECADO: se a empresa descontar um minuto que seja dos trabalhadores nós estamos prontos para lutar e teremos, com certeza, todo o apoio do movimento sindical e popular da região e dos Sindicatos dos Químicos do estado para, aí sim, uma paralisação por tempo indeterminado. Nós vamos lutar para garantir o direito constitucional de realizar assembleias com os trabalhadores. Em direitos não se mexe!

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ABAIXO O PROJETO DE LEI 4330! NÃO PODEMOS PERMITIR O AVANÇO DA TERCEIRIZAÇÃO SOBRE A ATIVIDADE-FIM!

Hoje, 6, é mais um dia de luta da classe trabalhadora contra o projeto de lei 4330, que permite o avanço da terceirização sobre a atividade-fim. Este projeto está para ser votado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara Federal. A autoria é da bancada dos patrões por meio do deputado Sandro Mabel (PL/GO). O relator Arthur Maia (PMDB-BA) já deu parecer favorável ao projeto.

Por isso, nós temos que nos organizar e ir à luta. Todas as centrais sindicais indicam atividades neste dia 6 de agosto para pressionar a bancada patronal e os patrões a recuarem de mais este ataque. Já tentaram destruir os direitos trabalhistas com as Reformas Sindical, Trabalhista, com a Emenda 3, com o ACE (Acordo Coletivo Especial) e agora com este projeto, que tramita desde 2004. Ou seja, seja de uma forma ou de outra, a patronal está sempre organizada e unida em torno do Estado burguês para atacar os direitos da classe trabalhadora.

Já há até um projeto de lei muito parecido com o PL 4330 em tramitação no Congresso. A autoria é do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), aquele mesmo que criou o esquema do mensalão mineiro que depois seria copiado pelo PT em escala nacional.

As centrais sindicais estão chamando este Dia Nacional de Paralisações, mas a maior parte delas é governista. Algumas estão se sentando com o governo e os empresários na Comissão Tripartite para negociar o PL 4330. Nós não podemos aceitar esse jogo de faz de contas das centrais. Comissão Tripartite só serve para legitimar a retirada dos direitos trabalhistas. Direitos não se negociam. Neste exato momento em que a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) completa 70 anos, nós não podemos deixar que os governos, patrões e centrais pelegas nos imponham uma derrota desta.

Há o agravante de que os trabalhadores terceirizados são mais explorados e vítimas frequentes dos acidentes de trabalho. A falta de treinamentos, o rodízio asqueroso da terceirização, a falta de respeito da empresa contratada e da contratante, a precarização das condições de trabalho, a pressão psicológica e as doenças ocupacionais afetam os trabalhadores direitos e ainda mais os terceirizados.

A classe trabalhadora já é vítima contumaz do trabalho. Levantamento da OIT (Organização Internacional do Trabalho), mostra que as doenças profissionais continuam sendo as principais causas das mortes relacionadas com o trabalho. A OIT afirma que, de um total de 2,34 milhões de acidentes fatais de trabalho a cada ano, 321 mil se devem a acidentes. Mais de dois milhões de mortes sã o causadas por enfermidades relacionadas com o trabalho, o que equivale a uma média diária de mais de 5.500 mortes. O avanço da terceirização agravaria e muito o problema.

É assim a vida da classe trabalhadora: lutar, lutar e lutar! Nós vamos lutar hoje, no próximo dia nacional de mobilizações da classe trabalhadora em 30 de agosto e sempre! Nossa luta é também pelo início da Campanha Salarial. Vamos com tudo por aumento real! À luta, companheiros!

Derrota para os patrões: demissão sem justa causa ainda impõe multa de 10% do FGTS

A bancada dos patrões na Câmara dos Deputados tentou aproveitar a confusão em Brasília com a pressão popular nas ruas, mas amargou uma derrota. 315 deputados federais da bancada patronal aprovaram o fim da multa de 10% do FGTS nos casos de demissão sem justa causa, mas o projeto foi vetado.

Esta multa não é paga ao trabalhador, mais sim ao caixa do FGTS. A multa de 40% sobre o FGTS pago ao trabalhador em caso de demissão sem a justa causa é um direito trabalhista. Já esta taxa adicional de 10% foi criada em 2001 para ajudar a cobrir uma dívida bilionária do FGTS junto a trabalhadores lesados nos planos Verão e Collor 1.

Depois de toda a isenção fiscal e financiamentos públicos generosos que os patrões receberam, nada mais justo do que manter a taxa. É importante dizer que o governo por questão moral já deveria ter imposto como condição para os empréstimos com o dinheiro do povo a garantia de emprego nas empresas financiadas com dinheiro público. Se quer grana do povo emprestado, no mínimo, os patrões deveriam garantir a manutenção dos empregos. Mas o governo não avança neste sentido. Pelo contrário, continua financiando megalomaníacos capitalistas, como Eike Batista, e especuladores financeiros com o dinheiro público do BNDES.

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