Apesar da truculência do governador, metroviários são readmitidos!
O governador Geraldo Alckmin (do propinoduto tucano no metrô de São Paulo e da crise da água em São Paulo) é tão ditador que não aceita ser derrotado com a reintegração dos trabalhadores metroviários demitidos na greve por aumento salarial da categoria. O governador demitiu 42 metroviários como forma de perseguição e represália a forte mobilização da categoria.
As demissões são ilegais e os companheiros estavam sendo readmitidos pela justiça, mas o governador resolveu descumprir até a decisão da justiça e impedir o regresso dos trabalhadores aos postos de trabalho. É puro fascismo. O governador do PSDB persegue quem se opõe a sua ditadura.
12 companheiros já haviam sido reintegrados ao trabalho. No dia 30 de agosto, a justiça determinou a reintegração de mais 23 companheiros. Na liminar de reintegração, o próprio juiz deixa claro que nenhum dos trabalhadores cometeu qualquer ato de “vandalismo”, como havia mentido o governador Alckmin para justificar a perseguição.
O que o Alckmin quer é interferir no direito de greve e mobilização dos trabalhadores. Ele quer impedir a luta daqueles que não se curvam a sua truculência, ao seu governo para a elite à custa da exploração, perseguição e discriminação do povo trabalhador.
A luta dos metroviários é uma luta da classe trabalhadora contra os desmandos e opressão dos governos, contra a exploração, o assédio moral, o terrorismo das perseguições e demissões e por melhores condições de transporte para a população.
A Unidos pra Lutar (Associação Nacional de Sindicatos) protocolou denúncia na OIT (Organização Intrenacional do Trabalho) contra o governo de São Paulo e direção do Metrô por prática antissindical pelas demissões na greve. A denúncia foi aceita e enviada para a análise da OIT em Genebra, na Suíça. Assinam a Petição junto com Unidos pra Lutar, o Sindicato dos Metroviários, a FENAMETRO (Federação Nacional dos Metroviários), MTST e outros sindicatos em solidariedade à categoria.
Parabéns aos lutadores do metrô paulistano! E a luta continua pela reintegração de todos os trabalhadores perseguidos por este governo ditador, que, além de secar as torneiras paulistas, descumpre decisão da justiça e trata trabalhador com truculência!
Trabalhador morre na Johnson
A classe trabalhadora teve um trágico exemplo na Johnson do resultado da terceirização. O trabalhador Marcos Ferreira, de 27 anos, morreu soterrado no dia 3 de outubro em uma obra para troca de tubulação. A exploração trabalhista, a terceirização, o sucateamento das relações trabalhistas são o lado cruel do trabalho, o lado que mata. Os trabalhadores terceirizados são os mais explorados e os mais suscetíveis a acidentes de trabalho. Isso porque as condições de segurança são terceirizadas, ou seja, a empresa contratante lava as mãos porque, na prática, o funcionário não é dela. Inclusive, os gerentes usaram o argumento de que o trabalhador era do ramo da construção civil e não químico para proibir o acesso do Sindicato dos Químicos ao local do acidente e afastar os nossos dirigentes.
As terceirizadas fazem e desfazem da mão de obra a seu bel prazer. Para piorar o quadro de indiferença, a empresa terceirizada Prado e Puerta nem da região é, o que dificulta até para a família lutar por justiça. Marcos era de Porto Ferreira.
É simplesmente absurdo que o trabalhador tenha morrido soterrado. Não dá para aceitar que isso possa ter ocorrido. É uma coisa muito brutal. E a Johnson tratou o caso como um infeliz acidente. A terceirizada classificou a morte de “fatalidade” e afirmou que a vítima usava equipamento de proteção. Não foi um acidente. Foi uma MORTE que não deveria e não poderia ter ocorrido!
As condições do trabalho eram tão duvidosas e a segurança relegada a segundo plano e só não houve mais vítima porque outro companheiro havia deixado o local do acidente pouco antes para buscar ferramentas. Se havia realmente uma gaiola de contenção, por que não funcionou?
Marcos Ferreira foi vítima da lógica do lucro acima da vida, da lógica do lucro acima da segurança, da lógica do serviço terceirizado e, muitas vezes, precarizado. Não foi um acidente, foi uma tragédia contra a classe trabalhadora!