segunda-feira, 9 de março de 2015

Governos esbanjam enquanto arrocham direitos
Trabalhadores se levantam contra os ajustes da burguesia

Ajustes econômicos pra quem? Porque para a burguesia e para os políticos está sobrando dinheiro. Deputados, senadores, presidente, governadores, o judiciário tiveram aumento de salário em pleno ano de crise capitalista. Fora o auxílio-moradia desnecessário, já que existem os apartamentos funcionais do Congresso para isso, auxílio-paletó, a farra das passagens aéreas, cartões corporativos do governo federal para os assessores, os cartões de débitos dos governos estaduais para o uso ilimitado, o Bolsa Mídia (dinheiro gasto com propaganda dos governos federal, estadual e municipais) etc. Até os juízes agora ganham auxílio-moradia de R$ 5 mil. A conta eles passam para a população trabalhadora.

E o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, só cancelou a Bolsa Madame que concedia passagens aéreas para as esposas e esposos dos políticos porque a pressão popular e os protestos na internet atingiram mais de 400 mil assinaturas. Ainda tem o prejuízo com a desoneração de impostos dos patrões e a redução de direitos trabalhistas e previdenciários com os ataques do governo federal ao INSS.

Por isso, os trabalhadores estão se levantando contra a exploração, a carestia dos produtos e serviços. Os professores do Paraná se revoltaram contra os ataques do governador Beto Richa do PSDB, que tentou aprovar um pacotão de ataques aos direitos dos professores e outros servidores. A categoria se uniu e foi à luta. Já são (até o fechamento desta edição) 27 dias de greve, inclusive, com ocupação da Assembleia Legislativa do estado. Nunca aquela Assembleia esteve tão lotada de gente honesta. Pesquisa publicada pelo jornal Gazeta do Povo mostra que a população também está junto desta luta. 73% do povo do Paraná considera a administração tucana péssima.

Em São Paulo, os trabalhadores rurais e urbanos têm realizado atos com mais de 10 mil pessoas contra o aumento da conta de água, por medidas contra a discriminação social na distribuição da água (nos bairros ricos, água para banheiras, piscinas e agora até poços artesianos; nos bairros pobres, torneiras secas), cobrando a responsabilidade do governador Geraldo Alckmin na destruição dos mananciais e na entrega da Sabesp para o mercado nas privatarias tucanas.

Nas portas das fábricas, não é diferente. Os metalúrgicos do ABC já realizaram 10 dias de greve contra os ataques da Volks; os metalúrgicos da GM realizaram greve contra as demissões após layoff. E este é o caminho, companheiros. Só a luta direta dos trabalhadores no chão da fábrica e na organização política contra os ataques dos governos e patrões pode manter os nossos direitos e barrar os ataques dos patrões e governos contra a classe trabalhadora!

facebook_icondiv

Notícias anteriores