O dia 28 de abril é uma data internacional em que se lembram os mortos em local de trabalho e as vítimas em decorrência de acidentes ou doenças do trabalho. Nós vendemos nossa força de trabalho, não nossa saúde ou nossas vidas. É isso o que esta data enfatiza!
Esta data foi estabelecida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 1969. Apesar dos esforços para se combater as condições de risco aos trabalhadores, a acirramento da exploração capitalista sobre o trabalhador só tem piorado as condições de trabalho e os riscos a que os trabalhadores estão expostos.
O Brasil é o 4º país do mundo em número de mortes relacionadas ao trabalho. E isso só tende a piorar com o avanço da terceirização, fator que já vinha crescendo independente do projeto 4330/2004 em tramitação no Congresso, que libera de vez a terceirização da mão de obra. Os trabalhadores terceirizados são as maiores vítimas dos acidentes e mortes no trabalho por causa da alta rotatividade, baixo treinamento, aumento da exploração, descumprimento das normas de segurança por pressão das terceirizadas etc.
Assim, nós temos que lembrar os mortos para lutar pela vida! Os fatores de risco continuam vitimando trabalhadores. É hora de nos organizarmos mais ainda para combater a terceirização. Esta luta tem que ser no mesmo sentido da luta contra o benzeno: não existe limite de tolerância. Toda terceirização é um risco! Contra o PL 4330, que segue para votação no Senado, e contra a terceirização já implantada no país. Temos que exigir treinamentos específicos e contínuos para todo o quadro operário de qualquer empresa, condenar empresas que relegam a segurança e integridade do trabalhador, exigir o cumprimento padrão de todas as normas de segurança.
Esta luta é gigantesca, do tamanho da importância da vida do trabalhador!
