quinta-feira, 10 de setembro de 2015

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Capitalismo destrói a economia para concentrar a renda
A crise capitalista atual é fruto do agravamento da concentração de renda

O capitalismo e seus agentes políticos (governos) estão destruindo a economia produtiva no Brasil. A crise atual é puramente financista. Nós não tivemos nenhuma crise na oferta de mão de obra ou de matéria prima. O que nós estamos vendo é a “financeirização” da política econômica do governo para concentrar o capital nas mãos de grandes capitalistas.

Não existe nada que uma crise crie mais do que milionários e bilionários. Todas as crises econômicas registram o crescimento de ricos e o aumento da pobreza. Não é à toa que o mercado automotivo está em crise para os carros convencionais, mas o setor de carros de luxo está em expansão, tal como o setor de jatos privados e helicópteros. Ou seja, a crise é para os trabalhadores porque para os grandes capitalistas a crise é um negócio como outro qualquer.

Fato é que o governo fez uma opção clara pelo capital “financista” (especulativo, basicamente de banqueiros) contra o capital produtivo. A indústria, o comércio e vários setores da economia sentiram o baque da queda do poder aquisitivo das famílias por causa da redução de direitos trabalhistas e previdenciários combinado com o aumento das contas de água, luz, telefonia.

Todos esses fatores combinados com a maior taxa de juros do mundo, que encareceu o crédito (cheque especial, cartão de crédito, empréstimos, financiamentos), e inflação alta por causa principalmente do encarecimento dos serviços ditos públicos e da importação de alguns itens em dólar causaram a crise atual do governo.

O reflexo disso é o aumento do desemprego, mais arrocho dos governos federal, estaduais e municipais, aperto pra classe trabalhadora e mais dificuldade pra economia produtiva por causa da queda na demanda por produtos e serviços.

O capitalismo não é nem para toda a burguesia por causa das fusões e concentração de renda nas mãos dos grandes capitalistas! 95% da riqueza do país está nas mãos de 1% da elite financeira do país, que não é formada por mais do que 85 famílias. Essa é a máxima desta crise causada pelo governo para favorecer os especuladores financeiros nacionais e internacionais.

Os juros enriquecem os detentores de títulos da dívida pública artificialmente, ou seja, sem nenhuma participação no sistema produtivo, além de torná-la impagável. O resultado deste tipo de política é o que vemos hoje na Grécia. A tal dívida pública imputada ao país é absolutamente impossível de ser paga. Sem contar que a origem de tal dívida já nasce de jogatinas fiscais entre bancos e governos e não é negócio para o mercado que nenhum país a quite porque os juros da dívida são uma fonte de enriquecimento inesgotável.

Não foi à toa que Lula anunciou que os bancos não tinham do que reclamar porque nunca lucraram tanto quanto em seu governo. É verdade. Os bancos são grandes credores dos títulos públicos, pagos com altas valorizações causadas pela taxa de juros absurda adotada no Brasil há décadas.

O capitalismo está comendo as suas próprias entranhas porque a natureza deste sistema econômico é a livre concorrência para a concentração de renda. O capitalismo não é nem para toda a burguesia, é para poucos. Por isso, precisamos romper com as políticas econômicas neoliberais deste governo, destronar os agentes do capital no poder e colocar o ser humano no centro da economia.

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