O Fórum de Lutas do Vale do Paraíba se reuniu no Sindicato dos Químicos, ontem, 18, para debater a construção da Greve Geral no dia 28 de abril. A nossa luta é contra a terceirização irrestrita e os projetos de reforma trabalhista e da Previdência que precarizam as relações de trabalho e dificultam o acesso à aposentadoria. A reunião ampliada contou com sindicatos e movimentos que já fazem parte do Fórum de Lutas e companheiros de outras entidades e representações.
28 de abril será um marco nas lutas da classe trabalhadora do país e na região. As categorias organizadas estão realizando assembleias em suas bases e construindo a Greve Geral na categoria dos trabalhadores químicos, metalúrgicos, servidores públicos de São José dos Campos, Jacareí, São Sebastião, alimentação, bancários, petroleiros, ciência e tecnologia, minérios e derivados de petróleo, professores, comércio, servidores do INSS, construção civil, transporte, vigilantes e várias outras. Estudantes e movimentos sociais também participam da construção de atos unificados neste dia.
A Greve Geral se tornou um passo ainda mais importante ao vermos as manobras do governo para aprovar estes ataques aos trabalhadores às pressas. Ontem, 18, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), tentou aprovar um pedido de urgência para a tramitação da reforma trabalhista, cujos pontos mais danosos são: a questão do negociado acima do legislado pela CLT, o avanço da jornada de trabalho para até 12h por dia, o fim do período de descanso mínimo entre uma jornada e outra.
Apesar de não ter conseguido acelerar a destruição dos direitos trabalhistas, Rodrigo Maia está fechado com o corrupto e neoliberal presidente Michel Temer (PMDB) e a base do governo para aprovar a retirada dos direitos trabalhistas com os deputados do DEM, PSDB, PMDB, PPS, Solidariedade, PSD, PSC, PSDC, PP, PR, PRB e partidos que orientam suas votações conforme a troca de favores com o governo, como: PEN, PHS, PDT e outros partidos de legenda da direita reacionária.
Outro ponto a considerar é que, certamente, o governo faz o balanço do que conseguirá aprovar. Por isso, lançou todas estas frentes de ataques (terceirização e reformas trabalhista e da Previdência) para ver o que consegue empurrar, pois sabe que haverá muita luta e resistência do povo trabalhador.
Não nos interessa negociar ou permitir este ou aquele ataque. O governo Temer é corrupto de cima a baixo. Toda a sua base é corrupta e neoliberal. Portanto, nada que advenha desta corja envolvida até o pescoço na Lava Jato ou em qualquer outros dos infinitos esquemas de corrupção pode ser bom para os trabalhadores.
Assim, vamos construir a Greve Geral no dia 28 de abril, unir a classe trabalhadora para derrotar a terceirização, as reformas e o projeto de governo neoliberal, privatista e corrupto de Temer e sua corja.