quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Mobilizações da Campanha Salarial barram reforma trabalhista e avanço da terceirização em fábricas químicas

imageTrabalhadores (as) da categoria dão exemplo de luta para manter direitos

A última Campanha Salarial da categoria química foi a mais importante dos últimos anos. Nós conseguimos preservar a Convenção Coletiva com o conjunto mínimo de direitos para toda a categoria e impedimos mais uma vez a imposição do banco de horas e outros pontos.

Com a aprovação da terceirização irrestrita e a reforma trabalhista pelo corrupto governo Temer, o ponto principal da Campanha Salarial foi a manutenção dos direitos trabalhistas. Esta luta foi travada juntamente com as questões específicas por fábrica. Onde houve mobilização e greve, nós conseguimos garantir Acordos Coletivos que barraram a aplicação da reforma trabalhista, a terceirização e conquistamos benefícios específicos.

Para se constatar a importância da luta contra a reforma trabalhista e a terceirização, é só olhar os números do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho. Esses ataques aos direitos dos trabalhadores já estão causando o aumento das demissões de “comum acordo”, quando o trabalhador é obrigado a abrir mão de parte das verbas rescisórias, e o aumento das contratações no chamado regime de “jornada intermitente”, que é a legalização do bico (trabalho esporádico de baixíssima remuneração sem garantias trabalhistas).

Por isso, a luta dos trabalhadores na última Campanha Salarial teve ainda mais importância. Foram estas mobilizações e greves em seis empresas que garantiram a não aplicação da reforma trabalhista e da terceirização na atividade-fim, além de manter a proibição do banco de horas, na Johnson, na TI Brasil, na IPA, na FLC, na Pelzer, na Plastic Omnium, na Tarkett etc.

A categoria química da região é uma das poucas em todo o país que conseguiu na luta barrar estes ataques aos direitos dos trabalhadores e é exemplo para o país. Enquanto as centrais sindicais pelegas estavam negociando a participação ou não nas Greves Gerais, na ocupação de Brasília, nos atos, panfletagens, assembleias de fábricas, os trabalhadores químicos estavam de braços cruzados respondendo ao chamado da classe trabalhadora com greves em várias multinacionais e participação em todas as lutas conjuntas do último período contra as reformas trabalhista e da previdência do governo Temer e também na Campanha Salarial.

Aqui tem muita luta! Aqui não se negocia direitos do povo com governo corrupto ou se arrega para patrão. Seja nas Greves Gerais e nas mobilizações conjuntas da classe trabalhadora ou na resistência na Campanha Salarial, a categoria química da região é exemplo de luta e conquistas!

E 2018 será mais um ano de enfrentamentos. A categoria química se mantém na luta! Por uma nova e forte Greve Geral contra a reforma da Previdência!

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