Os moradores do Jardim Nova Esperança estão sendo coagidos há anos a abandonar o bairro. A prefeitura quer a remoção das famílias para atender aos interesses da valorização imobiliária na região e para possível trajeto de vias asfaltadas, o que compromete o meio ambiente local. O bairro é constituído há mais de 100 anos e a grande parte dos moradores nasceu no local. A prefeitura tem feito cortes de água regulares como forma de pressionar os moradores a saírem de suas casas.
Grande parte dos moradores vive de pequenos trabalhos, como reciclagem de lixo, e da venda de hortaliças e outros vegetais. O bloqueio de uma das entradas do bairro atrapalha a livre-circulação de pequenas carroças e veículos de transporte de material reciclável.
A desculpa usada pela prefeitura é a de combater a criminalidade na região, a famosa criminalização da pobreza. A ação da prefeitura, que começou na administração anterior, segue a linha de higienização dos centros urbanos com o deslocamento da população pobre para as periferias.
O núcleo está congelado e novos moradores não podem ir para o local. Alguns moradores preferiram aceitar as condições impostas pela prefeitura e questionadas pela Defensoria Pública para deixarem o local sob indenizações irrisórias e deslocamento para moradias longes de seus meios de trabalho. Outros estão sendo coagidos pela presença ostensiva da guarda municipal, corte de água e fechamento de via.
Pelo fim da criminalização da pobreza e pelos direitos dos moradores do Banhado e pela preservação ambiental do pulmão de São José dos Campos.
