O número de mortos por COVID-19 supera a população de 92% das cidades brasileiras. O novocoronavírus mata, no Brasil, o equivalente a quatro quedas de aviões por dia. E daí?
E daí que o governo Bolsonaro queria apenas R$ 200,00 de renda emergencial. Foi a oposição que lutou por valor acima e conseguiu a aprovação porque, até aquele momento, a maior parte da Câmara não havia sido comprada por Bolsonaro. Assim, conquistamos a ajuda de R$ 600,00. Hoje, Bolsonaro botou todo o centrão no bolso e também o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
Depois disso, Bolsonaro atrasou o pagamento de vários meses, bloqueou ou impediu o acesso de milhares de brasileiros ao benefício emergencial enquanto 72 mil militares receberam o dinheiro ilegalmente.
O grande esforço do antipresidente na pandemia foi desacreditar a ciência, vender ouro de tolo com a pataquada da cloroquina, derrubar os ministros da saúde, militarizar o SUS com militares a fim de um rendimento a mais para tapar buraco (como ocorreu também no atendimento do INSS, no comando dos Correios etc.).
Pior: o Brasil foi o primeiro país do mundo a enfrentar uma pandemia e uma crise política ao mesmo tempo. Bolsonaro só se preocupa em esconder o milagre da multiplicação dos imóveis e o seu enriquecimento enquanto deputado e os escândalos de corrupção dos filhos, que enriqueceram desviando dinheiro dos mandatos por meio de laranjas.
Agora o antipresidente desfila pelo país em campanha antecipada às eleições, menosprezando as mortes de cerca de 110 mil famílias; as dezenas ou centenas de pessoas que ele pode ter contaminado com as aglomerações que incentivava de fascistas e lunáticos na porta do palácio do Planalto e em centros urbanos.
A postura de Bolsonaro de sabotar as medidas de governadores e prefeitos, reconhecidos pelo STF como os responsáveis pelas medidas de base no combate à pandemia, tornou o Brasil o país com o maior número de mortes de profissionais de saúde e de grávidas.
Por isso, lutar pela vida é lutar pelo fim do governo Bolsonaro e Mourão, pelo fim da militarização do ministério da Saúde, do SUS (Sistema Único de Saúde) e das políticas neoliberais que atacam os serviços públicos!