É preciso derrotar mais este ataque ao meio ambiente de São José dos Campos.
Mais uma vez, é preciso defender o meio ambiente de São José dos Campos dos interesses predatórios do capitalismo. Já conseguimos em ocasiões anteriores proibir a extração de areia na cidade. Agora é a vez de derrotarmos o projeto que libera usina termoelétrica e incineradores em São José.
Nevou no sul do Brasil no mês passado. No Canadá, o calor recorde de até 50 graus causou a morte de mais de uma centena de pessoas. Na Europa, houve inundações recentes. Todos esses fenômenos estão ocorrendo em lugares onde nunca haviam ocorrido. As mudanças climáticas estão impondo o seu custo, que é alto. A neve no sul, o calor de deserto no Canadá e as inundações na Europa refletem diretamente na comida na mesa, por exemplo, por causa da inflação sobre os alimentos disparada pelas perdas no campo com essas mudanças drásticas de temperatura. Aqui no Brasil, as geadas no sul comprometeram produções inteiras de leguminosas. Isso é a fatura chegando.
Por isso, torna-se ainda mais importante derrotar os projetos de destruição do meio ambiente do governo Bolsonaro e do capitalismo selvagem, predatório, onde quer que seja aplicado.
Aqui em São José dos Campos, o prefeito Felício Ramuth (PSDB) quer permitir a instalação de usinas termoelétricas e incineradores quando todo o mundo civilizado discute formas alternativas e menos predatórias de energia, como: eólica, biomassa etc. As usinas termelétricas provocam impactos ambientais pesados e pioram o aquecimento global por causa da dispersão de gases quentes e poluentes, como: dióxido de enxofre, nitrogênio e outros materiais na atmosfera.
Vale ressaltar que São José já tem um problema seríssimo com poluição. A cidade é a 10ª no ranking estadual em emissão de gás carbono (CO2) por causa do grande número de fábricas, da Revap e do trânsito, principalmente da Rodovia Presidente Dutra. A Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Governo Estadual constata que a cidade já lança na atmosfera mais de 884 toneladas de CO2 por ano. Sem contar que a localização geográfica da cidade não ajuda nem um pouco a dispersão de poluentes.
Como é comum nestes projetos do interesse do capitalismo predatório, o projeto do prefeito não vem com uma justificativa, não apresenta estudo de impacto ambiental e não foi apresentado para discussão com a sociedade civil. É mais uma pancada no estilo “se colar, colou”.
O pior é que os vereadores aprovaram o projeto sem uma ampla discussão com os moradores da cidade e redondezas, pois isso afetará toda a região. Foi feito a toque de caixa. Os técnicos que apresentaram dados sobre os efeitos da medida foram ignorados. As recomendações foram atropeladas. Os vereadores votaram para dizer Amém ao prefeito Felício Ramuth (PSDB), por seus compromissos eleitorais, cargos de confiança etc. Não pensaram no bem da população.
Nós, a sociedade civil organizada, está lutando para impedir esta liberação. Vamos juntos denunciar e derrotar a contaminação bárbara do ar que respiramos. O que deve ser aplicado aqui são amplas políticas públicas de preservação ambiental, mais incentivo à reciclagem, plantio de árvores, transportes alternativos aos movidos por energia fóssil etc.
É preciso barrar o avanço da devastação capitalista sobre o meio ambiente. Não às usinas termoelétricas e incineradores em São José dos Campos.