O combate a violência doméstica ou de gênero também ocorre em outros países como consequência da violência imposta à mulher em todo o mundo. O Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher foi criado no primeiro encontro latino-americano e do Caribe, realizado em Bogotá, Colômbia, em 1981, em homenagem as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, que foram assassinadas pelos militares do ditador Trujillo, em 25 de novembro de 1960.
No Brasil, a Lei Maria da Penha foi um avanço no sentido de punir essas agressões, mas muito ainda preciso ser feito. Embora tenha avançado em relação à antiga lei da cesta básica, essa lei não garante a punição ao agressor, como não garante os serviços essenciais à mulher que sofre agressão, como casas abrigo, creches, assistência médica e psicológica, centros de Referência com profissionais capacitados e estabilidade remunerada no emprego.
No Brasil e no mundo, as mulheres lutam contra a miséria e estupros, como no Haiti, pela vida na Palestina contra o Estado de Israel, para não ser apedrejada como ocorre no Irã, além da luta contra a violência econômica contra salários baixos e jornadas duplas ou triplas de trabalho, além do assédio sexual.
O discurso de que a mulher é mais frágil a mantém em sua condição de exploração dentro de um contexto social que se favorece disso.
Em defesa da mulher trabalhadora, precisamos lutar por direito ao emprego, salários dignos, salários iguais para tarefas iguais, contra as reformas neoliberais que retiram direitos de mulheres e homens, mas tem peso maior sobre as mulheres por causa da dupla jornada com o trabalho doméstico.
Por isso, neste 25 de novembro, nós dizemos: basta de machismo nas suas mais variadas formas, inclusive, na violência moral, física e patrimonial!