A discriminação racial ainda existe na nossa sociedade. Muita gente se choca ao saber disso porque acha que o Brasil é o paraíso da igualdade racial, sexual e de gênero. Contudo, é só olhar atentamente para verificar que as coisas não são tão politicamente corretas quanto gostaríamos. As chamadas minorias (negros, mulheres, gays, imigrantes) são tratadas com inferioridade e subjugadas por não fazerem parte da chamada maioria. Agora o que o capitalismo define como “maioria” é a elite branca que controla o país.
Ser negro é ter expectativa de vida menor, empregos piores, ser perseguido pela polícia e pré-julgado pela cor da pele, ser destratado, sofrer preconceito velado no mercado de trabalho sob termos como “boa aparência”.
O Brasil é um país negro e pardo. O IBGE comprova. São 54% da população. Contudo, até mesmo a identificação como negro é uma percepção que só alcançamos agora por causa da luta do movimento negro pela aceitação, contra o preconceito racial e, indissociavelmente, social. É grave a constatação de que o racismo faz com que parte da população tenha dificuldade de aceitar a sua identidade étnica, pois a “branquitude” é tida como mais valorizada socialmente.
AINDA É PRECISO EXPLICAR O PORQUÊ DO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA, QUE RACISMO REVERSO NÃO EXISTE E QUE ISSO NÃO É MIMIMI?
Não basta não ser racista! É preciso ser antirracista! É isso o que nos ensina a luta da população negra no Brasil e no mundo e também de outras etnias, como indígenas.
E esta luta precisa ser ampla para ter efeito. O sistema econômico nos segrega, nos explora, nos divide em subgrupos e domina soberano. É preciso mudar mentes!
Devemos combater o racismo, o fascismo, o machismo, a homofobia/transfobia, a exploração econômica, pois todos esses males convergem na exploração de classes e na perpetuação das injustiças sociais e desigualdades