quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

O Sindicato dos Químicos, a FETQUIM e outras organizações do movimento sindical e social apoiam o documentário “Pinheirinho dos Palmares”


O Sindicato dos Químicos, a FETQUIM e outras organizações do movimento sindical e social apoiam o documentário “Pinheirinho dos Palmares”, que será lançado neste sábado, 22, 10 anos depois do violência da tropa de choque.

"Pinheirinho dos Palmares: A Luta Contra Injustiças" será lançado no bairro Pinheirinho dos Palmares, às 19h. De manhã, haverá ato no antigo Pinheirinho.
A ação foi reconhecida como um dos maiores crimes de Estado contra os direitos humanos cometidos no período pós-ditadura militar.
Pessoas de outras cidades e estados ou que não conseguirem se deslocar até o bairro, poderão assistir ao documentário no dia 5 de fevereiro às 19h na internet no site https://www.even3.com.br/pinheirinhodospalmares.
“A produção Pinheirinho dos Palmares é uma contribuição para superar o negacionismo em relação aos inúmeros crimes de estado praticados contra a comunidade do Pinheirinho”, conta Everton Rodrigues, diretor do documentário. "Negar o massacre do Pinheirinho significa ignorar a própria história de escravidão e criminalização da população excluída no Brasil!, completa.
O terreno que foi ocupado é parte da massa falida da Selecta S/A, de propriedade do especulador acusado e preso por corrupção, Naji Nahas, e jamais atendeu à exigência do artigo 5º da Constituição Federal, sobre a função social da terra. Além disso, o empresário acumula dívida acima de R$ 190 milhões com a prefeitura por não pagar IPTU entre 1981 e 2022.

A luta por moradia... Truculência do governo...

Há 10 anos, contra a justiça federal, a Polícia Militar invadiu Pinheirinho e criou um cenário de guerra na ocupação e na vizinhança

A Polícia Militar invadiu a ocupação do Pinheirinho na manhã de domingo, 22 de janeiro de 2012, na zona sul de São José dos Campos/SP, mesmo contra decisão do TRF (Tribunal Regional Federal). A ação da PM isolou parte da zona sul da cidade, prendeu os moradores da ocupação dentro das casas do acampamento e avançou sobre o bairro Campo dos Alemães e parte do Residencial União, que foram sitiados.



A Tropa de Choque e a Rota fizeram parte do contingente de dois mil policiais militares que avançou sobre a ocupação, disparando tiros de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Aliás, as bombas foram usadas sem economia tanto dentro como fora do Pinheirinho. Moradores da ocupação que estavam fora do local e moradores do Campo dos Alemães que se aglomeravam para ver a ação da PM foram agredidos com tiros de bala de borracha e muitas bombas de efeito moral. A tropa de choque da PM avançou sobre a população e encurralou os moradores dentro do Campo dos Alemães. Foi uma ação violenta. Os moradores ficaram presos dentro de casa. As bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas, inclusive, sobre as casas. A população que estava aglomerada nas ruas foi alvo das bombas que vinham por cima e pela frente da tropa de choque. Equipes de TV, fotógrafos, pedestres ficaram acuados entre a tropa e as bombas de efeito moral.
Enquanto isso, dentro do acampamento, as pessoas foram impedidas de sair de suas casas sob a ameaça de armas da PM. Toda a região foi sitiada. Após muitas horas de ação, a PM prendeu gratuitamente várias pessoas, deixou vários feridos. Até parlamentares da cidade, representantes da justiça, OAB, defensoria pública e outros órgãos foram impedidos de até mesmo se aproximar do local por barreiras armadas da Tropa de Choque. Um morador do Pinheirinho foi ferido a bala.

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