Os funcionários da empresa química Tarkett, em Jacareí, estão de braços cruzados por tempo indeterminado desde ontem, 14, contra o anúncio de demissões na empresa. A paralisação foi aprovada em assembleia mobilizada pelo Sindicato dos Químicos, filiado à central sindical CSP-Conlutas.
A multinacional francesa anunciou que irá executar uma reestruturação na planta e poderá demitir cerca de 35 trabalhadores. A mudança envolve o fechamento do setor conhecido como VCT. No entanto, as demissões ocorrerão em toda a planta. A fábrica tem cerca de 240 funcionários na fabricação de paviflex e piso vinílico.
A paralisação é em defesa dos postos de trabalho e estabilidade para todos os trabalhadores. Segundo o dirigente sindical e trabalhador da fábrica Carlos Roberto de Souza, “iniciamos a greve na Tarkett em repúdio ao anúncio das 35 demissões e ao fechamento do setor. Nós do Sindicato somos contrários às demissões e não aceitamos negociar nenhum tipo de pacote”.
A paralisação vem ao encontro da mobilização dos trabalhadores na Campanha Salarial, que está em curso. Houve avanços na discussão da pauta de negociação salarial, mas não quanto às demissões, ponto esse que deflagrou a greve.
A luta dos trabalhadores pela manutenção dos empregos recebe solidariedade internacional. Os trabalhadores da matriz da Tarkett na França também estão em greve. Eles estão em luta desde o dia 29 de novembro por aumento salarial e mandaram mensagens de apoio ao movimento em Jacareí.