A mobilização de Greve Geral de sexta-feira, 14, na Johnson mais uma vez escancarou a truculência da Polícia Militar contra o direito de greve legítimo dos trabalhadores. A base se lembra bem de toda esta violência que enfrentamos nas nossas greves de Campanhas Salariais em 2009, 2011 e 2017.
Os companheiros e companheiras responderam muito bem ao chamado das centrais sindicais, dos movimentos sociais, estudantil e da direção do Sindicato dos Químicos. Paramos cinco multinacionais nesta Greve geral: Basf, Tarkett e Compass/Produquímica, em Jacareí; Plastic Omnium, em Taubaté; e Johnson, em São José.
Os companheiros e companheiras do 1º turno da Johnson já haviam aderido à Greve Geral. Porém, a ação do BAEP, a ala mais violenta da PM, atropelou o direito de Greve Geral assegurado, inclusive, um dia por decisão do desembargador Jorge Luiz Souto Maior.
Para o dirigente Davi Jr., “o que a PM fez foi barbárie, pressionando os trabalhadores de carro em carro e sob forte armamento a interromperem a paralisação.”
O dirigente Wellington Luiz Cabral aponta a relação de proximidade e subserviência da força de repressão do Estado a serviço de uma empresa privada. “Não sabemos até onde vai esta relação de proximidade da empresa com a PM que a qualquer hora a tropa de choque ou o BAEP estão a postos para atropelar os direitos de livre organização dos trabalhadores. Nas nossas greves históricas, a PM chegou a entrar nos ônibus com escopetas e gás de pimenta para coagir os trabalhadores. Fizeram a mesma coisa desta vez de carro em carro. É uma aberração que isso ocorra numa democracia”, contextualizou.
Por fim, houve mobilização também com os companheiros dos outros turnos, repúdio à ação truculenta da PM e censura ao projeto de reforma da previdência do governo Bolsonaro. Agora é manter a luta pela retirada na íntegra do projeto porque não há ponto a ser negociado. Cada item da reforma por si só já representa o fim do modelo de previdência de repartição e solidário que é exemplo para o mundo.
A categoria química da região esteve em peso na Greve Geral da classe trabalhadora contra a reforma da previdência, sexta-feira, 14. Alcançamos 100% de adesão à Greve na Plastic Omnium, em Taubaté; na Basf, na Produquímica/Compass e na Tarkett, em Jacareí. Houve um atraso com o pessoal do administrativo na TI Brasil, em São José.
Segundo Wellington Cabral, dirigente do Sindicato dos Químicos, “a categoria tem um histórico de muita luta contra todas as reformas deste e dos governos anteriores aos direitos trabalhistas e previdenciários. Hoje, a educação e a previdência são a pauta comum de luta em todo ao país”.
Na Johnson, a paralisação pacífica foi interrompida pelo brutal assédio da PM aos trabalhadores do administrativo. O turno já havia aderido ao protesto. Para o dirigente Davi Jr., “os trabalhadores sabem que podem contar com a direção de luta deste Sindicato em todos os enfrentamentos. Infelizmente, a empresa sempre usa dessa relação de proximidade com a força policial para intervir no direito legítimo de Greve dos trabalhadores. O que a PM fez foi barbárie, pressionando os trabalhadores de carro em carro e sob forte armamento a interromperem a paralisação.”
Agora é manter a luta pela retirada na íntegra do projeto de reforma da previdência. A classe trabalhadora não pode aceitar negociar. Todo ponto da reforma é uma ataque brutal. Em defesa do modelo de repartição e solidário da previdência social.