A chamada MP da Liberdade Econômica aprovada para desburocratizar a vida de pequenas e médias empresas foi usada para aprofundar a reforma trabalhista. O governo colocou de contrabando na MP medidas que alteram 36 pontos da CLT, o que representa o aumento da exploração.
O trabalho aos domingos e feriados quase foi liberado indiscriminadamente para toda e qualquer categoria com folga em apenas um domingo do mês. Passou desta forma na Câmara, mas foi retirada do texto no Senado graças à pressão popular sobre os senadores.
A MP aprofunda a reforma trabalhista em outros pontos. Por exemplo: desobriga as empresas com até 20 funcionários a manter o registro de entrada e saída do trabalho de funcionários. Isso vai fraudar o pagamento de horas extras. Essa MP é mais uma ação do governo para desregulamentar o trabalho e aumentar a informalidade. É aquele ataque brutal de Bolsonaro de que é muito difícil ser patrão. Isso porque ele nunca tentou ser peão, pois vive na mamata como deputado há 28 anos. Isso de impor para o trabalhador a escolha entre “ter direitos ou empregos” é a barbárie pura porque a reforma trabalhista feita sob esta desculpa só aumentou o desemprego. Agora patrões e o governo vêm com a balela de que é preciso explorar mais para gerar emprego. Mentira! O governo está usando a alta taxa de desemprego para sucatear os direitos trabalhistas com a ilusão liberal de aumentar o número de empregos.
Se esta MP for sancionada ou qualquer outro ataque do tipo, nós vamos ter que derrotar estes ataques na Campanha Salarial para impedir esta escravidão com a nossa Convenção Coletiva. E para barrar esta avalanche de ataques do governo, é preciso derrotar Bolsonaro e sua corja de laranjas corruptos e psicóticos!
O dirigente sindical Cristiano Hidalgo Leite e o advogado trabalhista do Sindicato, Dr. Luiz Fernando Bernardes, participaram nesta segunda-feira, 26, do programa Falando de Vida da rádio Mensagem, em Jacareí. Confira o bate papo sobre a MP da liberdade econômica e as modalidades de saque do FGTS. É preciso estar atento para o risco de ter o saldo do FGTS retido por até dois anos se o trabalhador aderir à modalidade de saque aniversário, a partir do ano que vem.